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Mostrando postagens de abril, 2011

Começar já é metade de toda a ação VII - A simplicidade...

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Peter Sellers em " Muito Além do Jardim" Quando um adulto diz uma coisa que parece ser muito simples, outros adultos ficam sempre procurando algo nas entrelinhas. As crianças não... Há um filme estrelado por Peter Sellers, Being There, em Português: Muito Além do Jardim, que explora exatamente isso. Peter Sellers interpreta Chance, um homem ingênuo com problemas mentais, que passa toda  a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão. Ele nunca entrou em um carro, não sabe ler nem escrever, nem ao menos tem carteira de identidade. Quando seu patrão morre ele é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand (Melvyn Douglas), um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente (Jack Warden). Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance.  Curiosamente, tudo dito por Chance ou até mesmo o seu silêncio é consi...

A gente quase não vê

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Neste projeto de divulgar o passo a passo de gravação em estúdio (informações sobre este projeto** no final do post) chegamos a terceira música:  “A gente quase não vê.” Lembrando que este é um dos estágios iniciais de uma gravação, embora desta vez eu tenha avançado um pouco mais.  Esta música fala sobre o tempo atual, sobre as mudanças que ocorrem no dia-a-dia. Em 1967 Caetano dizia em “Alegria, alegria”:   O sol nas bancas de revistas me enche de alegria e preguiça, quem lê tanta notícia? Interessante não? A visão corrente naquele tempo era  a de que a pessoa bem informada era a que lia... Hoje as notícias  estão em todo lugar, chegam de todas as formas, ocupam bem mais que um sentido.  São tantas as informações que absorvemos apenas uma pequena fração delas. As notícias, os acontecimentos, até o passado hoje se modifica muito rápido... “A gente quase não vê”, tenta se aprofundar nisso: as mudanças, a celeridade do tempo, a di...

Os Sonhos...

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Os Sonhos... Passamos a vida inteira em busca dos sonhos. Quando porventura alcançamos, ele se torna outro, depois outro, outro e mais outro... Mesmo que um deles seja o grande sonho da nossa vida. Que só continuará a ser o grande sonho, se não o alcançarmos... O sonho sempre está logo ali... Um ali de mineiro. É um eterno buscar, um eterno sonhar! Mas... É bom que seja assim!!!

Gelosia

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"A gente faz hora, faz fila na vila do meio-dia Pra ver Maria A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia A porta dela não tem tramela A janela é sem gelosia" Gelosia... Esta palavra no meio da canção Flor da Idade, de Chico Buarque, sempre me intrigou e fascinou. Gelosia... Onde Chico foi encontrar inspiração para abrigar uma palavra tão pouco usada e tão diferente? Provavelmente durante o tempo em que viveu na Itália. Gelosia em italiano quer dizer ciúme. Jealous do inglês e Jalousie do francês também... Segundo o site Polemikos, a origem da palavra gelosia vem do árabe. A gelosia evita que quem está atrás da janela seja visto por quem está de fora. Os maridos árabes usavam esta janela nos quartos de suas mulheres para não deixar que elas fossem vistas por outros homens. Conversa vai, conversa vem... E gelosia virou sinônimo de ciúme.  Janela sem gelosia. Chico tem essa incrível habilidade de colocar um humor no meio de suas letras...

Cada Lugar Na Sua Coisa

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A arte da síntese, de se dizer de forma clara, simples e direta é uma das coisas que eu mais aprecio em um texto, poesia ou letra de música. Um dos "malditos" da MPB, Sérgio Sampaio, capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, mesma cidade de Roberto Carlos, teve um início de carreira fulminante quando, ao participar do IV FIC (Festival Internacional da Canção)de 1972, estourou em todo o Brasil a música "Eu quero é botar meu bloco na rua ". Depois disso nunca mais repetiu o sucesso, embora tenha feito músicas excelentes. Sérgio era uma pessoa complicada, de díficil tratamento, não fazia nenhum marketing, muito pelo contrário.  Drogas, álcool, mulheres, esbanjava tudo o que ganhava... Fazia tudo ao extremo... Quando estava no ostracismo fez dois shows aqui em Montes Claros em um sábado e domingo consecutivos em meados da década de 1980. Eu e Aroldo Pereira gostamos tanto do show no sábado que voltamos no domingo pra assistir novamente. Foi a única vez que fiz iss...