quarta-feira, abril 27

Começar já é metade de toda a ação VII - A simplicidade...

Peter Sellers em " Muito Além do Jardim"
Quando um adulto diz uma coisa que parece ser muito simples, outros adultos ficam sempre procurando algo nas entrelinhas.
As crianças não...

Há um filme estrelado por Peter Sellers, Being There, em Português: Muito Além do Jardim, que explora exatamente isso. Peter Sellers interpreta Chance, um homem ingênuo com problemas mentais, que passa toda  a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão. Ele nunca entrou em um carro, não sabe ler nem escrever, nem ao menos tem carteira de identidade.
Quando seu patrão morre ele é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand (Melvyn Douglas), um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente (Jack Warden).
Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance. 
Curiosamente, tudo dito por Chance ou até mesmo o seu silêncio é considerado genial.
Ele só faz referência a plantas e a jardim ou a algo que ouviu na televisão; As pessoas interpretam tudo como se fossem metáforas e passam a seguir seus ensinamentos, inclusive o presidente.

Outro exemplo?
No tempo da guerra fria, russos e americanos travavam uma batalha pela corrida espacial. 
Os americanos e os russos precisavam fazer anotações no espaço, naquele tempo não havia computador portátil, então as anotações teriam de ser feitas à mão.  No espaço como não existe gravidade a tinta da caneta também flutuava e assim eles não tinham como escrever.  Sendo assim os americanos gastaram uma fortuna para desenvolver uma caneta que escrevesse no espaço.
E os russos? 
Bem, os russos usavam lápis...


Essa última história foi um belo fecho para este tópico da simplicidade, não?
Esses americanos sempre complicando...
Seria...
Se não fosse mais um dos tantos mitos que se espalham na internet e de tanto se repetir...
Tem um fundo de verdade: os americanos realmente quiseram inventaram uma caneta para escrever no espaço, foi gasta uma grande quantia para desenvolvê-la; Mas ela foi criada por Paul Fisher, da Fisher Space Co., e foi usada tanto pelos americanos como pelos russos no espaço e é comercializada até hoje.
Antes da invenção da caneta os americanos usavam lápis também.
O Lápis por ser constituído de grafite, condutor de eletricidade e madeira, material combustível, poderia se alojar nos circuitos eletrônicos e causar acidentes de graves proporções, além do que, as pontas quebradas poderiam penetrar nos olhos e ouvidos dos astronautas.


Use a simplicidade, mas não acredite em tudo o que lhe dizem...



Veja os outros tópicos de Começar já é metade de toda a ação, além da razão desses posts no endereço:
http://flaviocolares.blogspot.com/search/label/Come%C3%A7ar%20j%C3%A1%20%C3%A9%20metade%20de%20toda%20a%20a%C3%A7%C3%A3o


A história da caneta e outros mitos: http://multirio.rio.rj.gov.br/educador/index.php?option=com_k2&view=item&id=43:derrubando-mitos

O filme: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=278


Um comentário:

Carlos Kurare disse...

Olá!

Bem observado a questão do grafite e dos resíduos.

Parabéns pela postagem.

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