Uma visão sobre o mundo com todas as suas indicações, contra-indicações e efeitos colaterais.
Palavras e melodias em doses homeopáticas.
Entre, a casa é sua!
Ao chegar ao trabalho, sabe-se lá por qual razão eu disse : Hoje está sendo um grande dia pra mim!
Me perguntaram :-Algum
fato especial aconteceu?
-Especial, não! Foram apenas algumas palavras que me tocaram e me deram um novo rumo, respondi.
-O que escutou de tão bonito que o fez ficar assim?
- Não escutei, eu li! E deixei as palavras desaguarem dentro de mim...
Ao que uma de minhas colegas disse: - Então o que você leu, falou ao coração! Portanto
escutou da melhor maneira possível...
Parei, pensei e então lhe disse:
- Sim, você tem razão! Não deveria ter sido tão literal! Suas palavras me revelaram um outro caminho...
Palavras e bons pensamentos são alimento para o corpo e para a alma. Como nos esquecemos disso?
Nos dão força para encarar todas as situações adversas.
É alimento para todos os dias.
Na maioria das vezes elas estão dentro de nós, basta apenas
absorvê-las...
Estamos sempre balançando entre o futuro e o passado...
Se temos de tomar uma atitude no agora, vislumbramos algo que ainda não aconteceu;
Quando a efetivamos já estamos no futuro.
Se nos recordamos de algo, voltamos ao passado...
O agora não existe!
O que podemos é tornar o futuro mais próximo e o passado mais distante.
É estar preparado para, com as lições do passado sem se prender a ele, fazer o futuro.
Antes de tudo, como é bom falar com você!
Assim como é bom falar de você e pensar em você!
Você sempre está presente em nossas vidas, hoje e sempre!!!
Quanto a nós, não precisa se preocupar, vamos bem!
Há sempre um probleminha aqui e acolá, mas nada que não se possa remediar.
A vida, você sabe bem, é cheia de desafios. Mas nada que não se possa superar.
A razão desta carta você já deve ter adivinhado.
Sim! é a respeito do seu aniversário neste dia 22 de Novembro.
84 anos!!!
Pensou que iríamos esquecer? Claro que não!
Como poderíamos esquecer de uma data tão importante?
De alguém tão importante em nossas vidas!!!
Pode ter certeza de que sempre, sempre nos lembraremos de você!!!
A propósito, que bela vida a sua, não?
De muita luta, de dificuldades, mas também de muitas alegrias e realizações.
Soube muito bem criar a sua família e também ajudar ao próximo.
E nós, sua família, procuramos seguir o seu exemplo e trilhar o caminho do bem.
Que bom lembrar de quantas alegrias nos proporcionou e nos proporciona...
Pena não poder lhe dar um abraço neste dia, mas assim é a vida não é mesmo? Não podemos ter tudo o que queremos!
Mas mesmo
longe dos olhos, está sempre presente em meu coração e nos de todos os
que a amam.
Todos estamos com saudade!!!
Mas sabe de uma coisa? É bom sentir saudade!
Só se sente saudade de quem se gosta...
Mudando de assunto, talvez nunca tenha lhe dito, mas adoro a sua risada. Uma risada única! nunca ouvi nada igual!
Só de ouvir já dava vontade de rir também!
Só de lembrar dela agora já me sinto feliz!!!
Por falar nisso, passamos tantos momentos felizes juntos...
Tantos, que nem consigo me recordar de nenhum triste!
Por fim, lembro que uma vez me perguntou:
-Flávio, por que sempre me dá um presente, se eu nunca lhe dei nenhum?
De tão surpreso balbucei algumas palavras, mas não as certas.
Poderia dizer: Como nenhum? me acolheu em sua casa e me tratou como um filho? me deu tanto carinho, tanto amor e tantas coisas mais sem exigir nada em troca?
e muitas mais...
Naquele dia fiquei sem palavras...
Hoje, só posso lhe dar palavras...
Palavras não vestem nem dão sustento ao corpo,
Mas palavras alimentam a alma!
As que lhe dou hoje são simples e singelas (assim como meus presentes) mas são de coração:
Parabéns!!! Feliz aniversário!!!
E, obrigado,
Obrigado por tudo!!!
Hoje o blog
comemora cinco anos de existência! Parece que foi ontem, não? para
comemorar republico a primeira crônica do blog no longinquo ano de
2006...
Marechal Deodoro da Fonseca
Feriado órfão
Hoje é o dia da
Proclamação da República, um feriado nacional.
De todos os feriados esse
é o mais opaco, o mais deslocado, alguém já viu alguma pessoa comemorar a
proclamação da república? Já viu alguém saindo às ruas com uma camiseta com a
foto do marechal Deodoro da Fonseca e gritando: Viva a república!!! Viu? Se
viu, provavelmente esse alguém, pouco tempo depois, trocou a camiseta por uma
outra: A de força...
Todos os outros feriados,
em maior ou menor proporção, trazem um significado, uma manifestação, uma
reflexão, uma razão de ser. O 15 de novembro nada! Parece um feriado
órfão. A própria proclamação foi
uma coisa fria, não houve nenhuma participação popular, foi coisa de uns poucos
republicanos; os monarquistas não reagiram, talvez achassem que era
feriado e que não valia a pena.
Na época em que a eleição
era realizada nesse dia, o 15 de novembro tinha lá sua importância,
mas depois que alteraram a eleição para a primeira semana de outubro, 15 de
Novembro voltou para o divã... Problema existencial: Por que existo? De onde
vim? Para onde vou?
Procurando no dicionário
o significado de república lá diz o seguinte: 1) Substantivo feminino.
Curioso: embora tenha sido um movimento puramente masculino (nunca ouvi falar
de uma republicana, provavelmente pelos costumes machistas
da época), é um substantivo feminino. 2) O estado no sentido
geral, seja qual for a forma de governo. Deve ser por isso que a casa
de estudantes adolescentes se chama república... 3) Forma de governo em
que o povo exerce a sua soberania por meio de seus delegados e representantes e
por tempo fixo. "delegados e por tempo fixo ? será por isso que a
república sempre foi um caso de polícia? Seguem-se algumas definições
menos votadas até chegar na última, no pejorativo: Coisa desordenada!!!
Mas, quanto aos feriados, pesquisando na internet,
aliás, se o dicionário é o pai dos burros, a internet deve ser a
mãe! Nessa pesquisa constatei que: pelos feriados que existem em outros países, até que o
15 de novembro não está tão mal na foto. Nos Estados Unidos é comemorado o dia
de Colombo, sendo que Colombo nunca passou por terras dos Estados Unidos, e até
o dia da marmota, imortalizado pelo filme O Feitiço do Tempo (Groundhog
Day). No Japão se comemora o dia da maioridade, o dia da comemoração da
constituição, o dia do agradecimento ao trabalho, o dia do verde e o dia do
equinócio do outono(???). E com uma curiosidade: se o feriado cair num domingo,
a segunda feira seguinte será feriado. Bela idéia, não? Mas vamos ficando por
aqui com esse post, se não alguém se dá conta de que ninguém comemora mais esse
feriado e resolve acabar com ele...
É, pela foto do Deodoro acho que não daria uma boa estampa para uma camiseta...
Ah! E pra quem acha que o
Brasil é o país onde existem mais feriados, verá que isso não passa de um mito! No
Brasil existem 10 feriados, entre nacionais e regionais, na Bélgica são por
volta de 15, na Suécia existem 14, dentre eles o segundo dia de páscoa e o
segundo dia de natal, sim, é isso mesmo! Depois do feriado tem outro dia logo
em seguida e isso não se restringe somente a Suécia, outros países fazem da mesma forma.
Além do mais, no Brasil, a
carga horária do trabalhador é maior, ou seja, trabalhamos mais horas durante o
ano.
As melhores coisas da vida são as que ainda não aconteceram...
Por melhor que seja a sua vida, as melhores coisas ainda estão por vir...
Quem não sonhou com o primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira noite?
Ou coisas menos abstratas: a carteira de motorista, o primeiro emprego;
O primeiro salário parecia ser tanto, não? ter um dinheiro pra chamar de seu...
Houve um tempo em que votar para presidente era um sonho.
Eleger alguém humilde vindo do povo? Uma mulher? Impensável!
Um presidente negro nos Estados Unidos? Sonho quase impossível!
Quase...
A melhor coisa é ficar rico e famoso?
Provavelmente e certamente deve ser bom, mas depois que se torna comum, procuraremos então algo mais, ou algo simples, porém fora do alcance do dinheiro...
Muitas vezes o que tivemos por pouco tempo, ou que não tivemos por inteiro passa a ser a melhor coisa que pode acontecer em nossa vida.
O amor que poderia ter sido e não foi...
E se depois de muita luta o alcançamos, quase sempre dizemos pra nós mesmos: Ei, não era bem isso que eu queria!
Então, a melhor coisa passa a ser algo que nunca mais poderemos ter.
Ou algo que não pode mais acontecer.
Uma saudade de algo ou alguém que já se foi e não pode mais voltar...
Me lembro do filme “Cidadão Kane”, de Orson Welles, um dos mais famosos de todos os tempos. O filme começa com o personagem Charles Foster Kane, interpretado pelo próprio Welles, dizendo sua última palavra antes de morrer: Rosebud!!!
Então se desenrola a trama do filme contando a sua história em flashback, desde a infância pobre até se tornar um dos homens mais ricos e poderosos do mundo, e por fim perder toda a fortuna.
Volta-se à mesma cena do início do filme e é revelado o significado de Rosebud. Que era algo bem singelo, algo que talvez ele nunca tenha possuído ou que talvez tenha perdido, mas algo que todo o dinheiro que teve nunca conseguiu comprar.
Kane, se pudesse, voltaria no tempo...
Assim como nós, algumas vezes, talvez muitas...
Se fosse permitido eu revertia o tempo, disse Chico Buarque em uma de suas músicas.
Se fosse, mas não é.
Me disseram certa vez, que nem mesmo Deus se permitiu alterar o passado!
Mas como Ele pode tudo, se Ele se permitiu, teve o cuidado de não deixar o menor vestígio...
O primeiro passo, o primeiro dia de aula, o primeiro amor, o
primeiro beijo, e por aí vai...
Um bom exemplo é aprender a dirigir: no princípio pensamos
no pé na marcha, no acelerador, nas mãos no volante e na marcha, e em como
fazer toda essa coordenação e ainda prestar atenção ao trânsito.
Depois
simplesmente entramos dentro do carro e dirigimos, sem pensar.
Se pararmos para pensar até nos confundimos, de tão
automático que já está...
Será por isso que achamos difícil? Pensar novamente nas conseqüências?
Será pelo medo de errar? O medo do desconhecido?
Realmente é difícil, mas tem suas compensações.
No começo tudo tem gosto de novidade, de frescor, de desconhecido.
A vida é sempre um eterno começar e recomeçar!
E depois de muito tempo realizando algo, nos recordamos do início
e bate aquela vontade de voltar...
De volta ao começo...
Fazer algo pela primeira vez nos faz ter a sensação de nascer de novo...
Ao decidir repartir minhas crônicas, músicas, idéias e
lembranças com vocês num blog, e lá se vão alguns anos, tive de ter a coragem de começar. Agora novamente
tenho de começar algo novo, uma nova interatividade e um novo caminho.
Meu blog se dividirá em vários tópicos; às habituais
crônicas, poesias, músicas e poemas serão acrescentados outros tópicos, como entrevistas,
análises de equipamentos, dicas de estúdio e algumas dicas de utilidade pública
dentre outras novidades.
Também passarei a ter mais um endereço na net, hospedado no
site Teclai (para acessá-lo clique
Acompanhando os hoje burocráticos
desfiles de 7 de Setembro, me veio à mente uma história que havia tomado
conhecimento de relance há algum tempo atrás. Ouvira falar mas não me aprofundara nela. Ficou adormecida e ressurgiu
agora.
A razão de ter ressurgido, quem
saberá? A mente sempre nos surpreende, não é mesmo? Nos leva por caminhos pouco prováveis, avenidas
desconhecidas, buscando novos caminhos em nós, sem mais nem por quê...
Mas vamos à história. Ela é ambientada
em 1972, no auge do regime autoritário iniciado em 1964.Num tempo em que tinha de se pensar para não
falar algo que não se queria falar, e pensar mais ainda para se falar algo que
se queria falar, mas que não se podia falar...
Essa segunda opção retrata bem a música
Viva Zapátria de Sirlan e Murilo Antunes, que foi apresentada no Festival
Internacional da Canção de 1972 por Sirlan, acompanhado por Flávio Venturini
nos teclados e por Beto Guedes no contrabaixo (na época dois desconhecidos). Festivais que eram então a melhor forma de se sobressair e fazer sucesso de forma imediata.
A música fazia uma clara alusão ao
regime autoritário de então, usando de muitas metáforas para retratar a
situação que o país vivia e, principalmente, a vida de quem se opunha ao regime e
vislumbrava um futuro melhor. Fazia um trocadilho entre o nome do guerrilheiro
mexicano Zapata e Vivas à Pátria, numa letra aparentemente simples, mas que era
um soco no estômago da ditadura.
A história de como,
inexplicavelmente, Sirlan e Murilo Antunes conseguiram ludibriar a censura
chega a ser hilária e pode ser vista num dos links do final deste post.
Mas essa pequena vitória custou
caro a Sirlan. A ditadura soube ser cruel e acabou com a carreira musical dele.
Ele havia assinado um contrato para a gravação de um disco com a gravadora Som
Livre logo após o festival, mas o regime, percebendo que fora enganado, passou
a censurar toda e qualquer música onde houvesse a menção do nome de Sirlan, e
assim o contrato com a Som Livre teve de ser rescindido. Sirlan só conseguiu
gravar um disco em 1979, quando quase ninguém mais se lembrava dele nem do
festival.
Isso me fez refletir: Quantos hoje teriam a mesma
coragem? Quantos não se sacrificaram para que hoje pudéssemos estar aqui num país
livre e democrático?
Quantos heróis ainda estão
ocultos em nossa história?
Sabendo disso hoje, tenho a sensação de ter sido sinto assaltado!!!
Dias atrás fui testemunha de uma discussão no Facebook.
Uma amiga repreendia o outro amigo pelo fato dele usar somente somente letras maiúsculas para fazer as postagens dos seus shows.
Amigos do Facebook, fique bem claro! O que muitas vezes quer dizer que eles nem ao menos se conhecem...
Esclarecendo uma coisa: Muita gente
não sabe, mas escrever em caixa alta, ou
seja, ESCREVER SOMENTE EM
LETRAS MAIÚSCULAS, segundo uma lei não escrita da internet, significa falar alto, gritar, falta de educação...
Isso me fez pensar...
Pessoalmente prefiro a
alternância entre maiúsculas e minúsculas, mas não se deve visualizar as coisas
com o olhar de Narciso. Que acha feio o que não é espelho, como tão bem disse
Caetano.
Se prefiro arte tradicional, não
devo desmerecer a arte moderna, ou vice-versa. E isto pode ser estendido a qualquer
outro tipo de arte e a todas as outras
questões da vida.
Isso me faz pensar: Será que se quer
criar uma casta dos que ”sabem” e dos que não sabem linguagem de internet? De um lado os "Antenados" e do outro: os
outros...
Será a gramática normativa? a norma culta da internet?
Me lembro que, no tempo da máquina de escrever,
torcia-se o nariz para quem escrevia somente utilizando dois dedos...
E havia
pessoas com uma incrível rapidez, mesmo sem usar a técnica da datilografia.
Quando comecei a aprender a tocar violão, no conservatório me
disseram que era errado pressionar as cordas do violão ou da guitarra com o
polegar da mão esquerda; que ele somente deveria apoiar, sem aparecer...
“Os professores diziam que, além
de ser errado, a protuberância do
polegar sobre o braço do violão era muito feio”.
Qual não foi meu espanto, pouco
tempo depois, ao perceber vários virtuoses da guitarra e do violão utilizando o
dedão de forma maravilhosa. E descobrir várias técnicas que usavam todos os
dedos, sem "dis-cri-mi-na-ção..."
Talvez eu pudesse ter sido um
músico melhor se não me prendesse a estética do certo e do errado. E, mesmo
depois de saber que poderia utilizá-lo, meu polegar esquerdo continuou sendo um
mero coadjuvante, provavelmente minha mente ficou condicionada...
E assim como eu, quantos não
padeceram ou padecem do mesmo mal?
Provavelmente esses mesmos
professores, pessoas maravilhosas por sinal, apenas reproduziram o que
aprenderam...
Recentemente houve uma grande
polêmica sobre o livro didático “Por uma vida melhor”, livro de educação para
jovens e adultos distribuído pelo MEC, e que se
parece muito com esta questão de escrever ou não em caixa alta.
Sim meus amigos, embora possa não
parecer, o uso da língua é uma forma de discriminação entre as classes sociais.
Mas como essa polêmica do livro, que engloba a
linguagem, a lingüística, a gramática, a história, e muchas, muchas cositas más é
um assunto muito vasto, irei abordá-lo em alguns posts em algum lugar do futuro deste blog.
Por ora fico por aqui.
Polêmica? Uma de cada vez por
favor!
Na foto: Eric Clapton utilizando o dedão da mão esquerda para pressionar as cordas. " Mas que mal educado... "
Vamos ensinar como baixar as músicas que já estão disponibilizadas para download gratuito:
no blog clique onde está indicada a seta, conforme imagem abaixo:
Depois de clicar, você será direcionado para o site Garagem MP3. Depois é só clicar onde está indicada a seta preta. Depois é só clicar em cima da setinha vermelha, uma música de cada vez.
Para saber como foi feita a gravação e mixagem da música Tem Sempre um Alguém, clique aqui:
Representação visual da música "Tem sempre um alguém."
Neste post vamos apresentar uma gravação e mixagem desde o
seu início até o seu final.
Já há algum
tempo, não existe o problema da distância para gravar e produzir uma música. É
possível começar a gravar em lugar, continuar em outro e ser finalizada em outro
lugar, mesmo em continentes diferentes, tudo pela internet, até em tempo real e
sem que os músicos tenham nenhum contato físico.
Mas, sempre
se imagina que isso somente pode ser feito em grandes produções. Que tudo é
sempre muito caro. Para desmistificar isso comecei esse projeto de gravação
passo a passo pela internet.
Assim que
terminamos de gravar as bases da música “Tem Sempre um Alguém”(violão, voz,
backings e guitarra), falei com o produtor musical carioca Daniel Farjoun,
através da internet, sobre a possibilidade de fazer um arranjo musical a partir
do material que tinha até então e depois fazer a mixagem. Ele ficou animado com
a idéia, mas como está viajando constantemente em função de compromissos
profissionais, me falou que seria difícil.
Lancei-lhe
então um desafio: fazer um arranjo e depois mixar, isso não em um estúdio, mas no local
onde ele estivesse, utilizando somente o teclado musical, um notebook e um fone
de ouvido.
Ele, que
adora desafios, aceitou prontamente!
Assim, no
mesmo dia lhe enviei pela internet (arquivo 1*)o que havíamos feito utilizando
o Sendspace, http://www.sendspace.com/, onde você pode mandar gratuitamente, sem
nenhum tipo de cadastro, arquivos de até 300Mb.
Ele recebeu
e alguns dias depois me mostrou o que havia feito de arranjo, ainda sem a
mixagem (arquivo 2) e me pediu alguns acertos na voz.
Na parte estrutural do arranjo foram acrescentados elementos de percussão e teclados. A percussão tem instrumentos orientais, para dar o sentido de "do outro lado do mundo", mais alguns teclados com simulações de baixo e guitarra.
Fizemos os acertos e depois
de algumas idas e vindas, chegamos a um consenso sobre a Mix final( arquivo3). Nos aspectos técnicos: Voz principal: Flávio Colares; Voz principal , backings, guitarra e violão: Sydner; demais instrumentos e mixagem: Daniel Farjoun.
Quem já quiser ouvir a mix final é só clicar no arquivo 3. Quem quiser baixar a música é só clicar aqui:
Encontro de rio e mar. Foto de Gilson Viana In:olhares
-O que existe depois da terra?
-É o mar.
Esse diálogo foi feito entre uma mulher e um menino de cinco anos há quase 90 anos atrás.
O menino pobre não imaginava algo mais longe do que o mar...
Mas, por mais difíceis que sejam, sempre existem caminhos pra se alcançar o mar...
Por mais tortuosos que sejam eles sempre existem, para quem tem "o brilho do sol na menina dos olhos."*
O pequeno menino Luiz possuía esse brilho, e construiu a história de sua vida como a de um rio, o Rio das Velhas, do pequeno povoado de sua infância, que confia sua água doce e barrenta ao Velho Chico que a leva em seu dorso por léguas e léguas, até se despir, tornar-se azul e se transformar em mar...
Mas não foi fácil!
As facilidades enganam. A necessidade ensina...
Foi num modesto emprego num pequenino povoado, que só não deixou por não ter o dinheiro da passagem, poucos reais em moeda de hoje, que começou a se forjar o grande empresário.
Do pequeno emprego, que após anos se transformou em um bom emprego, depois em sociedade, até se tornar dono de algodoeira, que depois vendeu para dedicar-se a implantação do Projeto Coteminas, fundada em parceria com seu amigo Zé, e que está hoje entre as maiores do país e possui várias filiais no exterior.
A Fundação Educacional criada por ele tornou possível o sonho de vários professores e professoras, dentre elas a sua amada esposa Isabel, e foi o embrião da Universidade de Montes Claros, que hoje espalha o conhecimento pelos quatro cantos do mundo.
Foi vice-prefeito, deputado federal.
Compositor inspirado, uma de suas músicas foi a canção do centenário de sua amada terra adotiva, Montes Claros.
E quando se achava que já tinha feito muito, surpreendeu mais uma vez, tornando-se um escritor de talento após os oitenta anos.
E muito, muito mais...
As facilidades enganam. A necessidade ensina!
E o menino que mal sabia o rio, e que talvez achasse o mar um sonho inatingível, foi muito além!
O menino que aos três dias de nascido, por pouco não se foi, está aqui para contar história.
Uma grande e bela história!
E, como disse Adélia Prado: " o que a memória ama, permanece eterno!"
E essa eternidade lhe pertence...
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante,e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba
existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino: o Amor
Estas são as quatro primeiras estrofes do belo poema "Não deixe o amor passar" de Carlos Drummond de Andrade. O que ele diz é a essência do que eu digo em "Tem Sempre um Alguém", música que compus há mais de oito anos e é a quinta música do projeto de gravação e mixagem de músicas pela internet. O poema de Drummond, por incrível que possa parecer, só fui conhecer há pouco mais de um mês.
Quanto aos aspectos técnicos da gravação elas quase sempre começam com a definição do ritmo ou da batida (levada) a ser ditada pelo violão. É a base inicial da música.
Ao contrário da base de uma construção, ela pode ser alterada posteriormente, nesse caso funcionaria apenas como uma guia para que o arranjador tome conhecimento da música e dos melhores caminhos que ela possa percorrer.
Nesta música em especial a base do violão será mantida, o restante será acrescentado um por vez.
Depois de definida a base é definido o andamento. Andamento é a velocidade da música, se mais lenta ou mais rápida. Nos programas de gravação existe um metrônomo que dá o andamento em BPM ( bits por minuto), ou seja pulsações por minuto. Seguindo esse click, que é como um relógio, não há o risco de se começar a se tocar em uma velocidade e terminar em outra, nem de haver variações não previstas durante a música.
Depois é a hora de fazer a gravação das vozes guia. São gravações vocais provisórias que podem até ficar para o final caso fiquem realmente boas, mas esse não é o objetivo inicial.
Nessa música fizemos uma guitarra pra dar um molho no arranjo antes de mandar para o arranjador final.
É essa a versão inicial desta música, que vai sofrer muitas alterações...
Abaixo o vídeo e a letra.
Estava eu dirigindo meu carro, quando vi um pouco à frente um sinal amarelo.
Pensei comigo mesmo: tantas vezes vejo um sinal amarelo e ele se transforma em vermelho antes da minha passagem...
Não seria a hora de eu começar a fazer a coisa certa?
Há tantas campanhas dizendo: Evite acidentes, não avance o sinal vermelho!
Caetano disse uma vez: Enquanto os homens exercem seus podres poderes, motos e fuscas avançam os sinais vermelhos, e perdem os verdes, somos uns boçais...
Eu não estava num fusca ou numa moto, mas dava pra entender perfeitamente a poética dos versos.
A mente é prodigiosa, não? Em questão de segundos nosso cérebro consegue pensar e definir tantas coisas e, mesmo assim, achamos que o tempo passa tão depressa...
Nestes segundos de reflexão resolvi não desafiar as leis vigentes no país, seguir os conselhos de Caetano e deixar a boçalidade de lado.
Mas tais ecos de civilidade, reflexão, crítica social, poesia e MPB se resumiam ao meu carro. O motorista que vinha logo atrás, provavelmente ouvindo um axé ou música sertaneja, não compartilhava desse meu momento de reflexão.
Deu no que deu...
Aprendi a lição...
Há leis não escritas que não se deve desafiar. Temos que nos adequar à cultura do povo de um país, mesmo que não concordemos com ela.
Aqui o sinal amarelo pertence a quem vai passar, até alguns momentos após se tornar vermelho, talvez isso algum dia mude, mas por ora...
Em todo país existe algo semelhante.
Em alguns tem de se arrotar para demonstrar que apreciou a comida que foi servida pelo anfitrião.
Na China as pessoas tem o hábito de cuspir no chão e não importa o lugar.
No Afeganistão é costume contar o final dos filmes para quem ainda não os assistiu.
Sobre algo semelhante me lembro que há alguns anos atrás, o ex-deputado Genival Tourinho me deu uma carona de Bocaiúva para Montes Claros, e comentou que sempre dava carona, pois viajou pela Europa inteira só pedindo carona.
E contou uma história curiosa, e que confirma a fama de alguns povos europeus.
Certa vez ele estava hospedado em uma pousada e, antes de sair pagou um banho, os banhos eram pagos à parte e à vista, tomou o banho e saiu logo depois.
Passadas algumas poucas horas ele chegou suado e, com o dinheiro na mão, pediu outro banho.
A dona da pousada com um cara de espanto, disse: você está louco??? Dois banhos num só dia?? Louco, louco, louco!!!
Isso me lembra outra história: um jornalista da Folha de S.Paulo em viagem a um país europeu, notou que os jornais ficavam expostos em um local em que as pessoas retiravam o jornal e colocavam a moeda do valor do jornal por um orifício.
Então ele parou um morador da cidade e comentou que no Brasil não havia aquilo, e disse: E se alguém retirar o jornal e não colocar a moeda?
Ao que o morador atônito disse: Mas quem faria isso???
E o jornalista, se dando conta da besteira que perguntara disse: realmente você tem razão! Quem faria isso?
Quem foi criança até a década de 1980 deve-se lembrar dos álbuns de figurinhas de jogadores de futebol.
E mais do que isso: das famosas figurinhas carimbadas!
Pra quem não sabe, os álbuns de então tinham figurinhas que eram produzidas em menor número, portanto muito mais difíceis do que as outras e vinham com um carimbo impresso.
Quanta emoção ao comprar um pacote de figurinhas e, ao abrir, encontrar uma figurinha carimbada!
Só quem teve essa emoção, sabe o que ela significava pra uma criança...
E as coisas eram bem mais difíceis para a maioria das crianças naquele tempo.
Principalmente para as desprovidas de recursos monetários como eu, mais popularmente conhecidas como: Pobres!
Quando não havia dinheiro para comprar os pacotinhos, só havia a opção de tentar ganhar no bafo* dos outros meninos.
No meu caso com minha grande habilidade com as mãos...
Essa segunda possibilidade era bem próxima de zero...
Curiosamente, Figurinha carimbada hoje significa exatamente o oposto do que era seu significado original.
Hoje quer dizer pessoa fácil, presente em todos os lugares.
Mas, chegou a década de 1980 e os deputados, sempre eles, acatando denúncias de que algumas empresas simplesmente não fabricavam algumas figurinhas, ou fabricavam numa quantidade muito pequena, baixaram uma lei que só permitia a comercialização de figurinhas em quantidades rigorosamente iguais.
Pô, mas não tinha como dar uma fiscalizada, dar uma punição qualquer? tinha de ser 8 ou 80?
Talvez até tivessem razão...
Razão.
Mas cadê a emoção?
Todas são iguais...
Todos são iguais...
E conservadores, estávamos na ditadura, tentando fazer uma lei igual a coisa de comunista, não teria como dar certo mesmo...
Nem comunista tentando fazer coisa de comunista deu certo.
Todo mundo igual, tudo igual, acho que é por isso que o comunismo virou coisa do passado...
E sem figurinha carimbada...
Marcelo Nova na música do grupo Camisa de Vênus, Simca Chambord**, fala uma coisa parecida.
No caso ele se queixa do fim de um carro e faz uma analogia com o começo da ditadura.
Na letra ele diz: Eles fizeram pior, acabaram com o Simca Chambord!!!
Parafrasendo-o eu diria: Eles fizeram palhaçada, acabaram com a figurinha carimbada!!!
Se bem que, ao invés de palhaçada, outra palavra rimaria melhor...
"Um brilho intenso vindo do céu tocava sua pele e se irradiava por todo o seu corpo. Diante de tão grande energia, sua mente respondia consciente e inconscientemente, liberando um oceano dentro de sí, percorrendo todos os seus poros, transcendendo o seu corpo e tocando o chão..."
Qual é a linguagem certa?
A do catedrático ou a do matuto? a do gramático ou a do linguista? a do ministro ou a da audiência?
A linguagem certa é a que se faz entender.
Outro dia ouvi a seguinte conversa: uma senhora teve um problema com seu benefício e a atendente lhe falou que havia um problema com o seu NIS e ela devia procurar a prefeitura para resolver. Pouco tempo depois a senhora retorna dizendo que procurou, procurou, mas que não havia nenhum "Seu Anísio" lá na Prefeitura...
NIS para quem não sabe, ou não sabia como eu, significa Número de Identificação Social e é usado para identificar beneficiários de programas sociais do governo.
A linguagem a ser usada deve ser sempre compreensível. Não se deve falar indistintamente para todos, códigos e siglas somente compreensíveis para um colega de trabalho, de profissão ou de meio. Assim como deve ser diferente o modo de se expressar para pessoas de categorias diferentes; Para uma com pouco estudo deve ser de uma forma, para um professor universitário de outra. Devemos nos adequar a isso.
Um ministro do STF normalmente leva horas para proferir um voto. O porquê do voto torna-se mais importante do que o próprio voto. E em grande parte faz isso somente para jactar-se perante os outros ministros e bacharéis. Jactar, para quem não sabe, é vangloriar...
Quem fala dífícil, algo que é incompreensível para a maioria de nós, é muito inteligente, culto. Quem fala de uma forma simples e que foge à norma culta, mas que é totalmente compreensível, é chamado de analfabeto...
Discursar ou atender, com palavras incompreensíveis aos seus ouvintes é parecido com comida de buffet: fina, bonita, limpa e normalmente sem gosto!
Mas tudo tem sua exceção, embora eu ainda não tenha saboreado a exceção de uma comida de buffet...
Ah! já ia me esquecendo, me desculpe, talvez eu não tenha sido bem claro ao descrever nas primeiras linhas deste post, uma pessoa pingando de suor sob o sol...
Ps.: A pose na foto não é de super-heróis?Tão se achando...
Quem quiser ver os outros posts da série: Começar já é metade de toda a ação, clique neste link:
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-Qual é Atlético, Qual é Cruzeiro?
O menino me fez essa pergunta no pátio do grupo escolar no intervalo do recreio.
Na sua mão dois botons de metal com dois símbolos completamente diferentes.
Eu tinha apenas sete anos, fazia pouco tempo que havia me mudado do Mato Grosso e, diferentemente do que acontece hoje, naquela época não havia essa overdose de informação sobre os clubes de futebol; a comunicação era muito restrita e dificilmente havia alguém com a camisa do seu time.
Por esta e por outras razões eu, com sete anos, ainda não conhecia o símbolo dos dois mais populares times do estado.
- Se você responder certo, um deles será seu!
E agora? até que os botons não me atraíram muito mas agora era um desafio...
E eu, desde pequeno, sempre adorei desafios...
E aquele menino, que eu nem ao menos conhecia, estava alí me "pondo contra a parede".
Por que perguntara isso para mim e não para outro?
Ou eu era apenas mais um a quem ele fazia esta pergunta?
Ou seria o primeiro? de muitos??
Será porque tinha ouvido falar que eu viera do Mato Grosso?
Por outra razão qualquer???
São respostas que nunca terei, pois ele não era colega de sala, não me lembro de sua fisionomia, seu nome, nada!!!
Mesmo que o encontre hoje não o reconheceria e mesmo que o reconhecesse, ele certamente não se lembrará desse fato.
O tempo passava depressa e eu olhava para as mãos estendidas dele sem ter a mínima idéia de qual seria Atlético, de qual seria Cruzeiro. E ele com um olhar inquiridor e desafiador, mas ao mesmo tempo simpático; tinha certeza de que se eu acertasse ele cumpriria a promessa e eu teria o meu "troféu".
Tinha de pensar rápido, pois ele logo se cansaria de esperar indefinidamente por uma resposta.
Humm...
Num havia uma imagem com três letras: CAM, no outro somente estrelas.
De estrelas eu não entendia nada, mas eu já sabia ler e as três letras me diziam algo...
Daí, comecei a pensar logicamente, algo que me acompanhou e acompanha pela minha vida inteira:
Mas é claro, Cruzeiro começa com C, pensei...
Aí com aquele sorriso de esperteza nos lábios cravei:
- O Cruzeiro é esse que tem as letras CAM...
A lógica me auxiliou por diversas vezes.
Não dessa vez...
Chegamos à quarta música desse projeto** do passo a passo de uma gravação musical: Vem Comigo Ver o Sol.
É uma balada falando de um amor que vem com os raios do sol.
Além do meu vocal principal, na guitarra, violão, backing e parte do vocal principal: Sydner.
Lembrando sempre que esta é uma primeira mostra, ainda serão acrescentados novos instrumentos e os vocais definitivos, além da finalização.
Está ficando mais difícil fazer o clipe do que gravar...
VEM COMIGO VER O SOL
Vem comigo ver o sol
que ilumina nosso céu
Depois que a chuva cai,
Depois que a chuva cai
Lindo brilho de verão
Ilumina o coração
Depois que a chuva cai
Depois que a chuva cai
Como os raios desse sol
Atravessas meu coração
Com seu sorriso
Com seu sorriso
Como os raios desse sol
Aqueces meu coração
Com seu sorriso
É o que eu preciso
Vem
Traz novos horizontes
Belos horizontes
Do amor em mim
** Sobre o projeto:
Irei
disponibilizar neste blog um passo a passo de uma gravação musical,
diversas músicas, desde o início da primeira gravação, os primeiros
instrumentos e vozes até a finalização na mixagem e masterização.
Quando um adulto diz uma coisa que parece ser muito simples, outros adultos ficam sempre procurando algo nas entrelinhas.
As crianças não...
Há um filme estrelado por Peter Sellers, Being There, em Português: Muito Além do Jardim, que explora exatamente isso. Peter Sellers interpreta Chance, um homem ingênuo com problemas mentais, que passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão. Ele nunca entrou em um carro, não sabe ler nem escrever, nem ao menos tem carteira de identidade.
Quando seu patrão morre ele é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand (Melvyn Douglas), um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente (Jack Warden).
Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance.
Curiosamente, tudo dito por Chance ou até mesmo o seu silêncio é considerado genial.
Ele só faz referência a plantas e a jardim ou a algo que ouviu na televisão; As pessoas interpretam tudo como se fossem metáforas e passam a seguir seus ensinamentos, inclusive o presidente.
Outro exemplo?
No tempo da guerra fria, russos e americanos travavam uma batalha pela corrida espacial.
Os americanos e os russos precisavam fazer anotações no espaço, naquele tempo não havia computador portátil, então as anotações teriam de ser feitas à mão. No espaço como não existe gravidade a tinta da caneta também flutuava e assim eles não tinham como escrever. Sendo assim os americanos gastaram uma fortuna para desenvolver uma caneta que escrevesse no espaço.
E os russos?
Bem, os russos usavam lápis...
Essa última história foi um belo fecho para este tópico da simplicidade, não?
Esses americanos sempre complicando...
Seria...
Se não fosse mais um dos tantos mitos que se espalham na internet e de tanto se repetir...
Tem um fundo de verdade: os americanos realmente quiseram inventaram uma caneta para escrever no espaço, foi gasta uma grande quantia para desenvolvê-la; Mas ela foi criada por Paul Fisher, da Fisher Space Co., e foi usada tanto pelos americanos como pelos russos no espaço e é comercializada até hoje.
Antes da invenção da caneta os americanos usavam lápis também.
O Lápis por ser constituído de grafite, condutor de eletricidade e madeira, material combustível, poderia se alojar nos circuitos eletrônicos e causar acidentes de graves proporções, além do que, as pontas quebradas poderiam penetrar nos olhos e ouvidos dos astronautas.
Use a simplicidade, mas não acredite em tudo o que lhe dizem...
Neste projeto de divulgar o passo a passo de gravação em estúdio (informações sobre este projeto** no final do post) chegamos a terceira música: “A gente quase não vê.”
Lembrando que este é um dos estágios iniciais de uma gravação, embora desta vez eu tenha avançado um pouco mais.
Esta música fala sobre o tempo atual, sobre as mudanças que ocorrem no dia-a-dia.
Em 1967 Caetano dizia em “Alegria, alegria”:
O sol nas bancas de revistas me enche de alegria e preguiça, quem lê tanta notícia?
Interessante não?
A visão corrente naquele tempo era a de que a pessoa bem informada era a que lia...
Hoje as notícias estão em todo lugar, chegam de todas as formas, ocupam bem mais que um sentido.
São tantas as informações que absorvemos apenas uma pequena fração delas.
As notícias, os acontecimentos, até o passado hoje se modifica muito rápido...
“A gente quase não vê”, tenta se aprofundar nisso: as mudanças, a celeridade do tempo, a diferença entre ver e perceber "y otras cositas..."
Cito um compositor da mesma geração do Caetano," de outros festivais", como diriam na época.
Há também a citação de um filme e mais...
Mas sempre lembrando: As palavras depois de proferidas não mais pertencem a você, pertencem ao mundo...
Cada um acha os seus significados...
Desta vez o vídeo tem um clipezinho (abaixo)com imagens e a letra, para que tenham a idéia mais acurada da mensagem que tentei passar. Creio que Steven Spielberg e James Cameron não ficarão muito preocupados com a nova concorrência...
Nos aspectos técnicos da gravação, desta vez há uma inovação: dividindo o vocal principal comigo está o Sydner, que também faz os violões a guitarra e os vocais.
No baixo Jarede.
Para não ficar numa linguagem muito específica, quem quiser abordar algum aspecto técnico da gravação, críticas, dúvidas e sugestões, estou à disposição nos comentários dos posts.
A GENTE QUASE NÃO VÊ
Todos os dias a história passa na nossa janela
Todos os dias e a gente quase não vê
Será possível acreditar no que não se vê
O que é verdade, o que é mentira, você sabe me dizer?
Uns encontram a cura, outros inventam um novo mal
Assim a terra gira e tudo é tão normal
Já nos disseram que esperar não é saber...
Não há nada no presente que alguém possa prever...
Grandes transformações acontecem lentamente
Você consegue ver?
Existirão revoluções, existirão Napoleões? REFRÃO
Eu sei que o tempo é o senhor
Senhor do tempo é o amor
Que a gente quase não vê...
Todos os dias mal se pode perceber
Nascem e morrem heróis na tela da TV
Será possível acreditar no que se vê?
O que é verdade, o que é mentira você sabe me dizer?
Embora os dias pareçam tão iguais
Não há “feitiço do tempo” na vida real
Toda manhã é um novo dia pra colher
E uma nova história você pode escrever...
** Sobre o projeto:
Irei disponibilizar neste blog um passo a passo de uma gravação musical, diversas músicas, desde o início da primeira gravação, os primeiros instrumentos e vozes até a finalização na mixagem e masterização.